terça-feira, 16 de março de 2010

VOTO DE MINERVA

Voto de Minerva é o voto de desempate proferido pela deusa grega Palas Atená (Atena) quando do julgamento de Orestes. Este, vingando a morte do pai, Agamemnon, havia matado sua mãe, Clitemnestra e o amante, Egisto, responsáveis pelo assassinato de Agamemnon, logo após este haver retornado da guerra de Tróia.

Segundo a tradição, aquele que cometesse um crime contra o próprio genos era punido com a morte pelas Erínias, seres demoníacos para as quais o matricídio era o mais grave e imperdoável de todos os crimes. Sabendo do castigo que o esperava, Orestes apelou para o deus Apolo, e este decidiu advogar em favor daquele, levando o julgamento para o Areópago. As Erínias foram as acusadoras e Atena (que corresponde à deusa romana Minerva) presidiu o julgamento.

A votação, num júri formada por 12 (doze) cidadãos atenienses, terminou empatada. Atena, então, proferiu sua sentença decisiva, declarando Orestes inocente.

Como mencionado por Engels, considera-se, que este episódio tenha representado, na mitologia, a transição histórica do matriarcado primitivo para o patriarcado.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Galerinha da EsSa - TENENTISMO

A Crise dos anos de 1920 e o Tenentismo


Na década de 1920 no Brasil, verificamos que, frente à crise da República Velha e ao monolitismo do domínio oligárquico de São Paulo e Minas Gerais; amplos setores da sociedade brasileira passaram a manifestar uma profunda e crescente insatisfação, que, em alguns casos, resultou em episódios de rebeldia. Foram muitos os acontecimentos de “ruptura”, de “rachaduras” do sistema. Dentre elas, estão a “Campanha Civilista”, de 1910; “Acordo de Ouro Fino”, 1914; a Greve Geral, de 1917; e a “Reação Republicana”, de 1922. Com a Primeira Guerra Mundial, nota-se um fator de agravamento da crise estrutural da economia brasileira e da situação das massas urbanas, obrigadas a enfrentar os efeitos de uma ampla carestia desenfreada. Segundo Anita L. Prestes, no Brasil, o pós-guerra seria marcado por bruscas oscilações econômicas, decorrentes das altas e baixas dos preços de nossos produtos de exportação nos mercados externos. Essa situação conjuntural, junto com suas conseqüências imediatas (carestia acentuada, desemprego, dificuldades de amplos setores sociais...) contribuía e muito para o agravamento da crise estrutural que prejudicava as bases da Primeira República. Ficava evidente que os mecanismos de poder vigentes não atendiam mais à sociedade brasileira e não mais correspondiam às exigências do próprio desenvolvimento capitalista.

O Brasil estava vivendo uma grave crise não apenas econômica, como também social, política, ideológica e cultural, que colocava em discussão todo a estrutura política da chamada República Velha. O sistema de dominação oligárquico, implantado com o advento da República, começava a definhar. Durante os anos 20, a situação política do país iria se agravar, passando por várias etapas de um processo gradativo de contradições sociais e políticas, que terminaria por levar ao colapso final das instituições oligárquicas com a crise mundial de 1929-1930. Anita L. Prestes nos diz que: “Nos anos 20 seriam marcados por incontáveis pronunciamentos e levantes militares que, mais tarde, passariam à História sob a denominação de Tenentismo, uma vez que seus participantes eram, em sua maioria, tenentes ou capitães do Exército”. Podemos nos perguntar sobre os outros segmentos da sociedade, em que eles contribuíram? Por que não foram ativos em suas contestações?

Primeiramente, trataremos do Movimento Operário, que, embora houvesse crescido e tendo um alto grau de combatividade desde a década de 1910, era um setor numericamente restrito da população, existia como tal apenas nos centros urbanos, e no início da década de 20 estavam em descenso, pois acabara de ser fortemente reprimido pelo governo contra as suas lideranças, dentre as quais se destacavam os elementos Anarquistas, os quais atuavam fortemente no movimento sindical desde a primeira década do século XX. O Movimento Operário, portanto, não tinha condições de assumir um papel de liderança na luta política que passaria a sacudir o país.

Outro segmento eram as Oligarquias Dissidentes, que não se dispunham a liderar o processo revolucionário, mesmo sendo contrárias ao sistema político vigente. Mesmo com a derrota, em 1922, elas não estavam dispostas a recorrer às armas contra o governo Epitácio Pessoa e Arthur Bernardes. Suas atitudes eram de prudência e moderação. Viam os acontecimentos tenentistas com certo descompromisso. Preferiam a via dos entendimentos através de manobras políticas, métodos tradicionalmente empregados pelos donos do poder no Brasil, cujo temor de qualquer participação popular é bem conhecido. Não queriam, assim, liderar o chamado “processo revolucionário” temendo perder suas regalias e receando uma ascensão popular. Não eram totalmente contrários ao sistema político, mas ao modo em que ele se dava, a sua execução.

A População Rural era maioria sendo submetidas ao domínio dos “coronéis”, que mantinham seu poder graças ao funcionamento da chamada “política dos governadores”. Viviam em um mundo à parte, e através do voto de cabresto, não podiam influir na vida política nacional. Não Havia como esperar que viesse a surgir dos setores rurais um movimento que questionasse o poder das oligarquias dominantes. O Empresariado Industrial vinha crescendo e adquirindo feição própria, ms com interesses próprios a defender. Estavam ligados aos setores oligárquicos, pela sua origem e formação, logo não assumiam uma postura independente e, menos ainda, de contestação ao regime vigente.

As Camadas Médias Urbanas haviam se tornado mais numerosas e diversificadas. Englobavam amplos setores populacionais, principalmente das grandes cidades, mas adotavam uma postura passiva frente às oligarquias. Contudo, naquele momento de crise, como a que abalava o país nos anos 20, mostravam-se insatisfeitas com a falta de liberdade e as limitadas possibilidades de influir na vida política. Predispuseram-se, então, à revolta e a apoiar ações radicais contra o poder oligárquico, mas faltava-lhes organização, não tinham partidos políticos que pudessem conduzi-los à luta. Quanto aos Comunistas, apesar de já terem criado o PCB (Partido Comunista Brasileiro), em 1922, contavam com uma organização débil, devido a perseguições e repressões sofridas pela polícia. Não seria daí que viria a liderança de oposição.

O Tenentismo veio preencher o espaço vazio pela falta de lideranças civis aptas a conduzirem o “processo revolucionário” brasileiro. Transformando o descontentamento generalizado em ação política contra os grupos dominantes, os “tenentes” assumiram, então, um papel de destaque substituindo os inexistentes partidos políticos de oposição. A “revolução” aparecia como única saída naquele momento, para os graves problemas vividos pelo povo brasileiro. O tenentismo acabou sendo a “revolta possível contra o sistema de dominação existente na República Velha”. Foi a expressão de violência de todos os setores insatisfeitos e revoltados com a violência dos grupos oligárquicos dominantes. “Ele foi o fruto da crise da República Velha”.

Eles tinham uma série de condições específicas, que permitiram sua transformação na vanguarda política da luta contra o domínio oligárquico dos cafeicultores de SP e seus aliados. Dispunham de armas, estavam organizados em uma instituição de caráter nacional – o Exército, possuíam uma “rede” de contatos em todo o país, eram numericamente majoritários dentro do Exército, tinham nível cultural acima da média existente no Brasil. Com tais fatores, atrelados a um novo ideário para o país. Pela sua origem, formação e ligações, eles estavam mais próximos das camadas médias urbanas, não tinham apenas a vontade de defender somente os interesses estritamente coorporativos dos militares. Queriam amplas reformas dentro do Exército visando melhores condições profissionais e fazer com que o Brasil viesse a possuir Forças Armadas modernas e aptas a cumprir a sua missão constitucional. Tanto o Exército quanto a Marinha estavam divididos entre os Tenentes e seus simpatizantes e os legalistas, os quais apoiavam o governo.

Os “Tenentes” assumem a bandeira liberal, queriam moralizar os costumes políticos para que os princípios liberais pudessem funcionar de fato (voto secreto, fim das fraudes...). Para eles, os militares deveriam ter o papel de salvar o país e as instituições dos maus políticos. Visavam implantar o legítimo poder civil que realizaria o programa liberal. Não queriam reformas sociais ou referente a questão agrária, por exemplo. Segundo Anita Prestes, foi um movimento social (abrange as massas; representa os interesses das camadas médias urbanas, pois queria a sua maior participação política; não estavam isolados da sociedade) e político e social (sintetizou melhor do que qualquer outro fenômeno da década conturbada, e complexidade de luta de classe que se desenvolvia no país).

É importante salientar que o movimento Tenentista não foi totalmente organizado, tal como uma hierarquia, algum tipo de estrutura, de funcionamento orgânico, mesmo estando dentro de uma organização de caráter nacional. “O tenentismo enquanto fenômeno social claramente estruturado jamais existiu. A própria denominação que lhe foi atribuída surgiria mais tarde, com o intuito evidente de melhor caracterizá-lo”, afirma Anita Prestes. Durante toda a década de 1920, havia uma constante movimentação da jovem oficialidade do Exército, que conspirava, preparavam levantes (Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Amazonas, Rio Grande do Sul...) alguns totalmente fracassados, outros um pouco mais vitoriosos (como o levante ocorrido em 1924, no Amazonas, em que os revoltosos tomam a capital por mais de um mês, realizam diversas reformas. O ocorrido ficou conhecido como a Comuna de Manaus).

Contudo, o movimento fracassou e uma teoria de causa para tal seria a debilidade teórica no seu despreparo em assumir uma oposição política independente. Sua formação militar vinha das ciências naturais e matemáticas, não possuíam formação sólida no terreno das ciências sociais, logo, não tinham um pensamento social, uma teoria. Diferentemente no caso ocorrido na proclamação da República, em que os militares estavam amplamente envolvidos pelo Positivismo.

Além dos Tenentes, sendo de grande relevância para as mudanças pretendias para o Brasil, mesmo com suas dificuldades e seus fracassos, veio a Coluna Prestes, que foi além, ao adquirir a feição de um exército popular. Segundo Anita, a Coluna Prestes foi o “Episódio culminante do Tenentismo”.

VESTIBULAR

ATUALIDADES

O que professores, cursinhos e vestibulares chamam de “atualidades”?

De uma forma geral são todas as questões retratadas pela mídia durante o ano, temas considerados importantes do ponto de vista político, econômico, cultural, social ou ambiental, que não se encontram nos livros didáticos, ou seja, que não são trabalhados em sala de aula, ensinados didaticamente e que dependem da leitura de jornais e revistas (que podem ser virtuais) e da capacidade para a compreensão dos mesmos.

A mairoia dos vestibulares – das grandes Universidades – elabora seus exames preocupados em melhor selecionar os candidatos e, dentro da perspectiva apontada pela educação nos últimos anos, exigir determinadas habilidades e competências dos estudantes. Isso significa que cada questão de vestibular tem, antes de mais nada, uma preocupação com certa capacidade.
Em História, a maior preocupação não é perceber se o aluno sabe um determinado conteúdo da matéria, mas perceber sua capacidade de trabalhar com esse conteúdo. Não adianta conhecer a história grega passada se não souber o que fazer com esse conhecimento

Dentro dessa perspectiva o vestibular elabora questões que procuram perceber o grau de atualização do estudante. Seja em questões que comparem o passado com o presente – e daí a necessidade de conhecer o presente – seja através de questões de “atualidades”.

O HISTORIANET fará um curso de “atualidades” durante o ano de 2010.
O Objetivo é acompanhar os principais acontecimentos no Brasil e no mundo e faze-los compreensíveis para os estudantes.
Semanalmente as principais questões políticas e econômicas serão apresentadas didaticamente e resumidamente, acompanhadas de um glossário e de pequena análise histórica.

O curso se destina aos vestibulandos e será ministrado em Sâo Paulo as terças-feiras a partir de 14:30h, até as 16:30h, sob a responsabilidade de professor Claudio Recco, coordenador do HISTORIANET

Para maiores informações entre em contato pelo email recco@historianet.com.br


Veja abaixo questões de ATUALIDADES de alguns vestibulares de 2010


Fuvest 2010 - Honduras é um país na América Central, cuja história, assim como a de outros países latinoamericanos, é marcada pela dependência externa política e econômica. Em 2009, Honduras esteve em evidência no noticiário político.
a) Explique por que esse país, bem como outros países da América Central, ficou conhecido como “Republiqueta das Bananas” ou “República das Bananas”.
b) Em junho de 2009, um jornal de grande circulação publicou uma reportagem intitulada: Golpe em Honduras repete roteiro do século XX. Identifique e explique duas características comuns ao golpe ocorrido em Honduras e a outros golpes ocorridos na América Latina, durante o período da Guerra Fria.



FGV 2010 - Após o anúncio pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, de que seu país não renovaria a concessão da base de Manta, os Estados Unidos anunciaram a assinatura de um novo contrato, dessa vez com a Colômbia, para o estabelecimento de bases militares no país. Considerando o atual contexto político da América Latina e a relação entre os governos da Colômbia e dos Estados Unidos, considere as afirmativas abaixo:

I - O governo do Brasil manifestou-se contrário à intenção dos EUA de ampliarem sua presença militar na Colômbia, pois isso significaria trazer para a América do Sul a lógica da militarização, que pode gerar uma corrida armamentista e obrigar outros países a investir na modernização de suas Forças Armadas.
II - Alheios à polêmica, Evo Morales e Cristina Kirchner apoiam o acordo porque rejeitam a tese de que essas bases significam o reposicionamento dos EUA no continente, após a fracassada proposta de criação de uma Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) e a devolução do canal do Panamá em 1999.
III - A Colômbia e os EUA sustentam que a ampliação do acordo militar visa ao combate ao narcotráfico e à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC); no entanto, os países da região temem que seja uma manobra estratégica com o objetivo de neutralizar a Venezuela e seus aliados.
IV - Segundo Hugo Chávez, o maior opositor dos EUA na América do Sul, a Venezuela reconhece a soberania colombiana e, por essa razão, solicitou ao presidente Álvaro Uribe garantias de que as tropas norte-americanas terão uma atuação limitada ao território da Colômbia.
V- O estabelecimento de bases militares norte-americanas na Colômbia consolida a presença dos EUA na América do Sul e reacende o fantasma das intervenções armadas na região, como aconteceu na invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, em 1961 e a participação de militares americanos na queda de Salvador Allende no Chile, em 1973.
Estão corretas as afirmativas:
a) II, III e V.
b) I, III e V.
c) I e III.
d) I, II e V.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

UFSCar 2010 - Se nem todas as grandes crises econômicas, como a atual, que, periodicamente acometem o capitalismo, levam a uma transformação no seu funcionamento, todas as grandes transformações pelas quais ele passou foram desencadeadas por uma grande crise.
Situe historicamente e explique as crises que levaram ao chamado capitalismo
a) com participação estatal (keynesiano).
b) desregulado (neoliberal).


UNESP 2010 - Um editorial do jornal Folha de S.Paulo gerou polêmica e protestos no início de 2009. No entender do editorialista (...) as chamadas “ditabrandas” – caso do Brasil entre 1964 e 1985 – partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça (...). (Folha de S.Paulo, 17.02.2009.)
O termo “ditabranda” reporta-se ao
a) golpe político aplicado por Getúlio Vargas; encerramento da chamada República Velha; repressão ao Partido Comunista; políticas econômicas de cunho nacionalista; suicídio de Vargas e divulgação da carta-testamento.
b) período do coronelismo na política brasileira; ocorrência de fraudes nas eleições, através do chamado voto de cabresto; polícia política constituída por capangas e jagunços.
c) período de Juscelino Kubitschek; imposição do crescimento econômico através da industrialização; slogan governamental “50 anos em 5”; tempo de democracia restrita, com voto censitário.
d) golpe político-militar que instalou a ditadura; imposição de Atos Institucionais; extinção dos partidos existentes; instituição do bipartidarismo – ARENA e MDB; repressão à oposição e censura à imprensa.
e) período de redemocratização; eleições diretas para o executivo, legislativo e judiciário; urbanização acelerada e enfraquecimento do poder dos presidentes da república.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

AMOR ATRAVÉS DOS TEMPOS


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

MAIS UMA GUERRA DAS MALVINHAS???


Como atualmente a situação econômica dos nossos hermanos não vai muito bem... nada melhor do que uma questão nacional. Algo que una todos em nome de uma causa e desvie as atenções de problemas econômicos pontuais.

Dessa forma, presidenta kirshner entra em confronto, mais uma vez, e de forma justa, pela soberania do território argentino.

Veja como se deu a GUERRA DAS MALVINAS na década do 1980.

As ilhas Malvinas, arquipélago situado a cerca de 500 quilômetros da costa argentina, foi palco de uma dais mais curtas, sangrentas e desnecessárias guerras que aconteceram no século XX. A região foi ocupada pelos britânicos desde o século XIX e integrava uma parcela mínima dos vastos territórios que compunham o imenso império britânico. Após a Segunda Guerra, mesmo com o processo de descolonização, a região sul americana se manteve sob a tutela inglesa.

Chegada a década de 1980, com quase um século de dominação britânica no arquipélago, a ditadura militar que controlava a Argentina decidiu promover um plano de controle sob o território. É importante ressaltar que nessa época, a ditadura argentina – então comandada pelo general Galtieri – se via pressionada pelos problemas sociais e econômicos que colocavam a população contra o governo. Dessa maneira, o plano seria uma forma desesperada de recuperar a imagem do governo por meio da guerra.

Um pouco antes do começo da guerra, o alto comando do governo argentino elaborou a Operação Rosário como forma de planejar as estratégias empregadas por suas forças militares. Paralelamente, no plano político internacional, os argentinos acreditavam que teriam o apoio dos Estados Unidos para reaver o território das Malvinas ou que os ingleses iriam abrir mão da ilha por meio de uma rápida negociação diplomática. No entanto, os planos do governo Galtieri não saíram como o esperado.

Em março de 1982, uma frota de navios mercantes escoltada por embarcações militares começou a rondar o arquipélago. Desconfiando daquela estranha manobra, as forças britânicas que zelavam pela proteção da ilha exigiram que aquelas embarcações se afastassem imediatamente do território inglês. Essa pequena indisposição acabou servindo de pretexto para que as forças argentinas declarassem guerra à Inglaterra realizando a invasão das Malvinas no dia 2 de abril daquele mesmo ano.

O conflito nas Malvinas, apesar de sua pequena extensão territorial, exigia que as forças militares envolvidas estivessem preparadas para enfrentar o clima hostil marcado por nevadas e chuvas constantes. A primeira invasão realizada pelos argentinos foi vitoriosa e resultou no controle de Port Stanley, que, com a conquista, mudaram o nome da cidade para Puerto Argentino. Enquanto o regime propagandeava sua vitória na mídia, os ingleses tentaram negociar uma retirada pacífica dos militares argentinos.

Mediante a negativa do governo Galtieri, a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher ordenou a preparação das forças britânicas para um conflito contra os argentinos. A evidente superioridade bélica inglesa poderia antever o resultado deste conflito. Após uma fase de relativo equilíbrio entre as forças militares envolvidas na guerra, o lado britânico colocou em ação a chamada Operação Sutton, enviando um grande número de armas e fuzileiros para participar da guerra.

Aproveitando dos acidentes geográficos que tomavam todo o arquipélago, os argentinos organizaram um contra-ataque aéreo comandado pela Fuerza Aérea Sur. Utilizando de mísseis Exocet, os argentinos conseguiram abater duas embarcações britânicas. Apesar disso, as maiores derrotas argentinas aconteceram em terra, quando os britânicos não tiveram maiores dificuldades para vencer um exército numeroso, porém extremamente mal preparado.

Em pouco tempo, os ingleses organizaram um cerco à cidade de Port Stanley. A vitória dos ingleses aconteceu durante o mês de junho de 1982. A falta de armamentos potentes e o preparo tático dos ingleses impeliram as tropas argentinas a se entregarem sem oferecer maior resistência. No dia 14 de junho de 1982, a Inglaterra tinha finalmente restabelecido sua hegemonia sob as Ilhas Falkland, nome oficialmente dado pelos ingleses à região.

Após o conflito, a galopante crise inflacionária – que então batia na casa dos 600% ao ano – e os movimentos populares contra a repressão militar causaram a queda da ditadura argentina. Em um brusco processo de redemocratização, os argentinos depuseram Galtieri e, no ano seguinte, realizaram as eleições que levaram Raúl Alfonsín ao poder. Na Inglaterra, o conflito fortaleceu a imagem política de Margaret Thatcher, que conseguiu se reeleger como primeira-ministra.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O QUE ESTUDAR PRA UERJ???


OLHA AI O CONTEÚDO QUE CAIU NOS ÚLTIMOS ANOS PRA HISTÓRIA LÁ NA UERJ!!!

HISTÓRIA


ORIENTAÇÃO GERAL
O ensino da História deve possibilitar ao homem uma compreensão do tempo vivido. Assim sendo, constitui-se em um exercício de reflexão e de crítica, pois são esses instrumentos que formam, em nós, um espírito cotidiano que se volta para “informar nosso julgamento sobre o que vemos e ouvimos” (Pierre Villar).
Com este programa, busca-se uma via que dialogue com a sequencialidade dos conteúdos apresentados no ensino básico sem, contudo, abrir mão de uma perspectiva investigativa que permita ao candidato perceber os meandros da construção do conhecimento histórico, a relação multifacetada entre passado e presente que se estabelece em sua constituição. Além disso, busca-se também compreender a dimensão cognitiva do processo de ensino-aprendizagem de História nos ensinos fundamental e médio e a posição de relativa autonomia do saber histórico escolar que se relaciona com o conhecimento histórico acadêmico sem com ele se confundir.
Os cinco eixos − Construção e apogeu da modernidade ocidental (XV-XVI), Consolidação e crise do Antigo Regime (XVII-XVIII), O longo século XIX (1815-1914), O tempo da Guerra Total (1914-1945), Da Guerra Fria ao mundo do tempo presente (1945-2001) − selecionam um conteúdo programático de História que tem como balizas temporais a construção da modernidade ocidental e uma reflexão sobre as principais problemáticas do tempo presente. Os eventos e processos selecionados serão abordados de modo a levar o candidato a estabelecer relações entre o social, o político, o econômico, o cultural e o ideológico, numa perspectiva
espaço-temporal, possibilitando, desse modo, que ele apreenda as conjunturas históricas em toda a sua trama.


O Exame Discursivo de História visa a verificar no candidato sua capacidade de operacionalizar dados objetivos do conhecimento produzido no âmbito do saber histórico escolar, ultrapassando o nível da simples memorização de nomes e datas, de analisar e interpretar textos escritos ou imagéticos, articulando-os a noções, princípios e visões de mundo do contexto em que foram
produzidos. Visa também a desenvolver explicações sobre determinados contextos históricos e conceitos fundamentais para compreensão do processo histórico, a caracterizar múltiplas durações do tempo histórico e a contemplar os ritmos distintos das mudanças políticas, econômicas, sociais, culturais e mentais.

PROGRAMA


1. Construção e apogeu da modernidade ocidental (XV-XVI)
• Expansão marítima e comercial europeia: entre o Mediterrâneo e o Atlântico
• Os processos de consolidação da expansão europeia na América, África e Ásia: resistência, aceitação e assimilação
• As sociedades ameríndias e africanas
• O Brasil colonial: estrutura social, política, econômica e cultural
• Mercantilismo: práticas e discussões teóricas
• Formação do Estado Moderno europeu: os casos de Portugal, Espanha, França e Inglaterra
• Reformas religiosas: entre a mudança e a conservação
• Humanismo e Renascimento: manifestações artísticas, filosóficas e intelectuais

2. Consolidação e crise do Antigo Regime (XVI-XVI)
• Os modelos clássicos de Antigo Regime: França e Inglaterra
• As Revoluções Inglesas: origens, motivos e desdobramentos
• A Revolução Científica: características, possibilidades e limites
• Ilustração e Despotismo Esclarecido: os modelos clássicos e suas realizações
• Críticas ao Mercantilismo: fisiocracia e liberalismo
• A Revolução Industrial: conceito, fatores, desdobramentos e a cultura do capitalismo
• A crise do Antigo Regime e a Revolução Francesa
• O sistema colonial em questão: a Independência das 13 Colônias, a revolução no Haiti, a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana
• A expansão napoleônica na Europa e a corte portuguesa nos trópicos

3. O longo século XIX (1815-1914)
• A independência das Américas Espanhola e Portuguesa
• Restauração e revoluções na Europa e na América: 1820 a 1848
• A consolidação do Brasil independente: política, economia, sociedade e cultura entre a tradição e a modernidade
• A consolidação capitalista dos Estados Unidos: a Guerra de Secessão, a expansão geográfica e a política em relação à América Latina e à Ásia
• Romantismo, Realismo, nacionalismo e a construção do Estado-Nação
• O desenvolvimento desigual do capitalismo no final do século XIX: transformações econômicas e tecnológicas e as relações centro-periferia
• O movimento operário e as novas ideias: socialismo, anarquismo, comunismo e o pensamento social-católico
• O Brasil da monarquia à república: Guerra do Paraguai, crise do escravismo, imigração, liberalismo, positivismo e questão
republicana
• A questão popular na transição para a república no Brasil: trabalhadores, camponeses e manifestações populares
• Oligarquias e sociedades agroexportadoras nas Américas; Argentina, Brasil e México

4. O tempo da Guerra Total (1914-1945)
• A guerra em dois movimentos: 1914-1918/1939-1945
• Os acordos de paz e os processos de consolidação da hegemonia norte-americana
• Ideologias em movimento, reformas e revoluções: a Revolução Russa, a Revolução Alemã, a Guerra Civil Espanhola, a emergência dos fascismos e os nacionalismos
• A sociedade liberal: a crise de 1929, o New Deal e os modelos de intervenção estatal na Europa e nas Américas
• Crise das oligarquias: Estado e industrialização na América Latina: Argentina, Brasil e México
• Vanguardas e modernismos: literatura, artes plásticas, cinema e arquitetura

5. Da Guerra Fria ao mundo do tempo presente (1945-2001)
• Guerra Fria: conceituação e consequências nas sociedades do pós-guerra
• Nacionalismo, terceiro-mundismo e anticolonialismo
• Desenvolvimento e industrialização na América Latina
• As ditaduras civil-militares na América Latina: modelo, constituição, natureza e transições democráticas
• As redemocratizações tardias na Europa: Portugal, Espanha e Grécia
• As sociedades afro-asiáticas contemporâneas: Oriente Médio, África do Sul, Japão e China
• Os movimentos contestatórios dos anos 60 e 70: hippies, Panteras Negras, revolução sexual, pacifismo e movimentos ecológicos
• Desenvolvimento e declínio das sociedades industriais: Europa e Estados Unidos
• Apogeu e crise do socialismo real
• A formação dos blocos culturais e econômicos: a União Europeia e o Mercosul
• Movimentos hegemônicos e contra-hegemônicos no mundo contemporâneo: as manifestações antiglobalização, o ressurgimento dos nacionalismos, secularização e religiosidade

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Concurso para a PMERJ

Como o edital ainda não saiu. Os cursos tem se baseado nos editais de MG e Brasília. Dê uma olhada e comece a estudar!!!

CONTEÚDO DE HISTÓRIA


MINAS GERAIS

HISTÓRIA DO BRASIL
1. A Era Vargas. 2. A terceira República 3. O Regime Militar e A Nova República.
4. Situação econômica pós 1964. 5. Redemocratização do país. 6. Diretas Já. 7. A Nova
República. 8. Governo Sarney. 9. Governo Collor. 10. Governo Itamar e a eleição de
Fernando Henrique Cardoso. 11. Governo Fernando Henrique Cardoso. 12. Eleição e primeiro
mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 13. A sociedade brasileira na atualidade.


Sugestões de Referências: SCHMIDT, Mário. Nova Historia Critica do Brasil Soc. Cult.500
anos de história mal contada. Ensino Médio. São Paulo: Nova Geração, 2005. REZENDE,
Antônio Paulo; DIDIER, Maria Thereza. Rumos da história: história geral e do Brasil.
Volume único: ensino médio. São Paulo: Atual, 2005.



BRASÍLIA

História do Brasil
1. A sociedade colonial: economia, cultura, trabalho escravo, os bandeirantes e o s jesuítas. 2. A
independência e o nascimento do Estado brasileiro. 3. A organização do Estado monárquico. 4. A vida intelectual, política e artística no século XIX. 5. A organização política e econômica do Estado
republicano. 6. A Primeira Guerra Mundial e seus efeitos no Brasil. 7. A revolução de 1930. 8. O
Período Vargas. 9. A Segunda Guerra Mundial e os seus efeitos no Brasil. 10. Os governos
democráticos, os governos militares e a Nova República. 11. A cultura do Brasil Republicano: arte e literatura. 12. História de Brasília: principais fatos que antecederam a criação de Brasília, os governos do Distrito Federal e a conquista da autonomia política.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

+ 2016: Jornal O Globo de 28/10/2009


+ 2016, ou Começou a farra?


POR ANDREA GOUVÊA VIEIRA*

Quem é o pai do projeto que muda todas as regras urbanísticas dos bairros da Zona Oeste onde serão realizadas a Copa do Mundo e as Olimpíadas?A Prefeitura diz que não se manifesta, diz que não é dela a proposta e nem diz se gosta ou não gosta. Mistério.

Quem assumiu a autoria - comissões permanentes da Câmara Municipal - não tem condições técnicas para propor algo dessa envergadura.Isso nos leva a acender o sinal vermelho. Se começamos assim, sem transparência numa decisão tão importante, que envolve milhares de pessoas e bilhões de reais, como chegaremos a 2014 e 2016?A quem interessa o silêncio e a aprovação, a toque de caixa, de um projeto sem autor, publicado na terça-feira (anteontem) no Diário Oficial da Câmara (são 23 páginas, cheias de anexos e tabelas) e votado em sessão extraordinária?HOJE tem sessão extraordinária de novo. E o que vai acontecer?Se a sociedade está preocupada com o futuro da cidade e a seriedade dos eventos que virão, precisa cobrar uma posição clara dos vereadores e do prefeito.

*Andrea Gouvêa Vieira é vereadora do PSDB na Câmara Municipal da Cidade do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

RIO 2016

"Na China fizeram o Ninho de Pássaros. No Rio vão fazer o Ninho de Ratos"


A frase acima é do Juca Kfouri e eu copiei no blogger do Alberto Murray. Recomendo a leitura.

O link está no corpo do blogger!






A imagem ao lado: ASSALTO COM VARA!!