quinta-feira, 29 de outubro de 2009

+ 2016: Jornal O Globo de 28/10/2009


+ 2016, ou Começou a farra?


POR ANDREA GOUVÊA VIEIRA*

Quem é o pai do projeto que muda todas as regras urbanísticas dos bairros da Zona Oeste onde serão realizadas a Copa do Mundo e as Olimpíadas?A Prefeitura diz que não se manifesta, diz que não é dela a proposta e nem diz se gosta ou não gosta. Mistério.

Quem assumiu a autoria - comissões permanentes da Câmara Municipal - não tem condições técnicas para propor algo dessa envergadura.Isso nos leva a acender o sinal vermelho. Se começamos assim, sem transparência numa decisão tão importante, que envolve milhares de pessoas e bilhões de reais, como chegaremos a 2014 e 2016?A quem interessa o silêncio e a aprovação, a toque de caixa, de um projeto sem autor, publicado na terça-feira (anteontem) no Diário Oficial da Câmara (são 23 páginas, cheias de anexos e tabelas) e votado em sessão extraordinária?HOJE tem sessão extraordinária de novo. E o que vai acontecer?Se a sociedade está preocupada com o futuro da cidade e a seriedade dos eventos que virão, precisa cobrar uma posição clara dos vereadores e do prefeito.

*Andrea Gouvêa Vieira é vereadora do PSDB na Câmara Municipal da Cidade do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

RIO 2016

"Na China fizeram o Ninho de Pássaros. No Rio vão fazer o Ninho de Ratos"


A frase acima é do Juca Kfouri e eu copiei no blogger do Alberto Murray. Recomendo a leitura.

O link está no corpo do blogger!






A imagem ao lado: ASSALTO COM VARA!!


terça-feira, 20 de outubro de 2009

GUERRA DOS 30 ANOS



A Europa do século XVII encontrava-se em uma nova configuração onde várias nações tinham o interesse em ampliar seus poderes no continente por meio da conquista de novos mercados e territórios. Contudo, o despertar da concorrência entre as várias monarquias centralizadas, firmadas entre a Idade Média e a Idade Moderna, provocou vários conflitos e guerras. Foi nesse contexto que observamos a ocorrência da Guerra dos Trinta Anos, desenvolvida entre 1618 e 1648.

Para dar uma breve noção dos motivos que desenvolveram essa guerra devemos citar a situação do Sacro-império Germânico após o desenvolvimento das reformas protestantes. Naquela região, marcada como berço da Reforma, haviam diferentes reinos dirigidos por príncipes de orientação católica e protestante. Essa diversidade muitas vezes implicava em uma grande tensão política onde os reis de uma determinada região não aceitavam a prática de uma religião contrária à sua fé particular.

Um exemplo dessa situação aconteceu quando o imperador Rodolfo II passou a combater o protestantismo por meio da destruição de igrejas e a promoção de leis que reforçavam o poderio católico na região. Em pouco tempo, os príncipes protestantes reagiram à imposição criando a Liga Evangélica, que combatia os desmandos promovidos pela intolerância religiosa real. Do outro lado, os monarcas católicos germânicos criaram a Liga Sagrada, apoiada por outras monarquias ligadas à Igreja Romana.

A intransigência dos reis católicos na Boemia foi sentida com maior força, pois essa região do Sacro-Império era de maioria católica. Em maio de 1618, os protestantes promoveram um levante na cidade de Praga, que acabou despertando o interesse de outras nações anticatólicas em impedir a ampliação do poder dos Habsburgos, dinastia germânica interessada em combater o protestantismo no Sacro-Império e ampliar seu domínio político-territorial.

Inicialmente, as tropas que compunham a liga Sagrada conseguiram se sobrepor aos exércitos protestantes e, com isso, a dinastia Habsburgo desfrutou de um grande território controlado por uma monarquia centralizada e apoiada pela Igreja Romana. Dessa forma, o surgimento desse poderoso e agressivo poder acabou despertando a preocupação de outras nações européias que defendiam o protestantismo ou temiam a consolidação de uma forte concorrente no cenário mercantilista.

A Dinamarca foi a primeira nação que se manifestou contra o grande reinado católico que se formava no Sacro-Império. Paralelamente, os holandeses também apoiaram a reação protestante ao dispor de armas e exércitos que lutaram ao lado dos príncipes protestantes germânicos. Claro que por de trás dessas disputas havia o interesse dinamarquês em recuperar ducados que sofriam a intervenção dos monarcas católicos do Sacro-Império Germânico. Entre 1625 e 1627, novas lutas reafirmaram a superioridade dos exércitos da Liga Sagrada.

Dessa maneira, a supremacia dos Habsburgo foi instituída com a dominação sob os territórios e bens dos protestantes que, com a assinatura da Paz de Augsburgo, em 1555, haviam tomado posses católicas. O evento enfraqueceu o poderio econômico do Estado dinamarquês e despertou a preocupação da Coroa Francesa, que negociou a entrada das tropas suecas na luta contra os Habsburgos com a promessa de ceder territórios que garantiriam sua hegemonia na região báltica.

Nessa nova empreitada, os exércitos suecos liderados sob a rígida disciplina do rei sueco Gustavo Adolfo conseguiu expressivas vitórias que contavam com o apoio dos príncipes alemães protestantes. Com isso, os católicos tenderam a negociar o fim dos conflitos para que o equilíbrio político no Sacro-Império pudesse preservar em condições básicas o poderio dos católicos. Dessa maneira, os protestantes conseguiram renegociar algumas perdas impostas pelo Édito de Restituição.

A partir de então, os franceses resolveram intervir diretamente no conflito declarando guerra contra os Habsburgos e todas as monarquias que fossem aliadas dos católico-germânicos. O poderoso exército francês conseguiu aniquilar todas as forças inimigas que, mesmo com as sucessivas derrotas, não estavam dispostas a se render. A essa altura a guerra perdeu toda a sua motivação religiosa ao ver a França, nação tradicionalmente católica, lutando contra outras nações que professavam a mesma fé.

O tratado de Westfália (1648), negociado nos anos finais da guerra, pretendia acabar com o conflito que mobilizou quase toda a Europa. A França, extremamente beneficiada com o acordo, obrigou os Habsburgos a levarem seu projeto expansionista em direção ao Império Turco-Otomano e obteve domínio sob as regiões do Rossilhão, Alsácia e Lorena. Além disso, nações como a Suíça e a Holanda (Países Baixos) conseguiram consolidar a independência de seus estados.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A MÍDIA MANIPULA CONTRA O MST


Mais uma vez a mídia tendenciosa parte pra agressão contra o MST, e defende o antigo modelo do PLANTATION* com a "coitadinha" da exportadora de suco de laranja. O latifúndio ocupado pela empresa, é contestado na justiça, pois o INCRA alega já ter comprado esse território para a reforma agrária, e através da grilagem os laranjais foram plantados.


Segue o texto de um dos dirigentes do MST:

*PLANTATION:

Mão-de- obra escrava (atualemente mecanização do campo)

Latifúndio

Monocultura exportadora



As laranjas e o show 7 de outubro de 2009

Por Gilmar Mauro

Na região de Capivari, interior de São Paulo, quando alguém exagera, tem uma expressão que diz: "Pare de Show!"

É patético ver alguns senadores(as), deputados(as) e outros tantos "ilustres" se revezarem nos microfones em defesa das laranjas da Cutrale. Muitos destes, possivelmente, já foram beneficiados com os "sucos" da empresa para suas campanhas, ou estão de olho para obter "vitaminas" no próximo pleito. Mas nenhum deles levantou uma folha para denunciar o grande grilo do complexo Monções. As laranjas, e não poderia ser planta melhor, são a tentativa de justificar o grilo da Cutrale e de outras empresas daquela região. Passar por cima das laranjas é passar por cima do grilo e da corrupção que mantém esta situação há tanto tempo.

Não é a primeira vez que ocupamos este latifúndio. Eu mesmo ajudei a fazer a primeira ocupação na região, em 1995, para denunciar o grilo e pedir ao Estado providências na arrecadação das terras para a Reforma Agrária. Passados quase 10 anos, algumas áreas foram arrecadadas e hoje são assentamentos, mas a maioria das terras continua sob o domínio de grandes grupos econômicos. E mais, a Cutrale instalou-se lá há 4 ou 5 anos, sabendo que as terras eram griladas e, portanto, com claro interesse na regularização das terras a seu favor. Para tanto, plantou laranjas! Aliás, parece ter plantado um laranjal em parte do Congresso Nacional e nos meios de comunicação. O que não é nenhuma novidade!

Durante a nossa marcha Campinas-São Paulo, realizada em agosto, um acidente provocou a morte da companheira Maria Cícera, uma senhora que estava acampada há 9 anos lutando para ter o seu pedaço de terra e morreu sem tê-lo. Esta senhora estava acampada na região do grilo, mas nenhum dos ilustres defensores das laranjas pediu a palavra para denunciar a situação. Nenhum dos ilustres fez críticas para denunciar a inoperância do Executivo ou Judiciário, em arrecadar as terras que são da União para resolver o problema da Dona Cícera e das centenas de famílias que lutam por um pedaço de terra naquela região, e das outras milhares de pessoas no país.

Poucos no Congresso Nacional levantam a voz para garantir que sejam aplicadas as leis da Constituição que falam da Função Social da Terra:

a) Produzir na terra;
b) Respeitar a legislação ambiental e
c) Respeitar a legislação trabalhista.

Não preciso delongas para dizer que a Constituição de 1988 não foi cumprida. E muitos falam de Estado Democrático de Direito! Para quem? Com certeza estes vêem o artigo que defende a propriedade a qualquer custo. Este Estado Democrático de Direito para alguns poucos é o Estado mantenedor da propriedade, da concentração de terras e riquezas, de repressão e criminalização para os movimentos sociais e para a maioria do povo.

Para aqueles que se sustentam na/da "pequena política", com microfones disponíveis em rede nacional, e acreditam que a história terminou, de fato, encontram nestes episódios a matéria prima para o gozo pessoal e, com isso, só explicitam a sua pobreza subjetiva. E para eles, é certo, a história terminou. Mas para a grande maioria, que acredita que a história continua, que o melhor da história sequer começou, fazem da sua luta cotidiana espaço de debate e construção de uma sociedade mais justa. Acreditam ser possível dar função social à terra e a todos os recursos produzidos pela sociedade. Lutam para termos uma agricultura que produza alimentos saudáveis em benefício dos seres humanos sem devastação ambiental. Querem e, com certeza terão, um mundo que planeje, sob outros paradigmas que não os do lucro e da mercadoria, a utilização das terras e dos recursos naturais para que as futuras gerações possam, melhor do que hoje, viver em harmonia com o meio ambiente e sem os graves problemas socias.

A grande política exige grandes homens e mulheres, não os diminutos políticos - não no sentido do porte físico - da atualidade; a grande política exige grandes projetos e uma subjetividade rica - não no sentido material - que permita planejar o futuro plantando as sementes aqui e agora. Por mais otimista que sejamos, é pouco provável visualizar que "laranjas" possam fazer isso. Aliás, é nas crises, é nos conflitos que se diferencia homens de ratos, ou, laranjas de homens.

Gilmar Mauro é integrante da coordenação nacional do MST.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

MOVIMENTOS NATIVISTAS: MOTIM DO MANETA

A economia mercantil européia foi responsável por uma série de transformações de ordem política e econômica. No campo econômico, podemos destacar como a concorrência mercantilista motivou diversas nações a buscarem a exploração de colônias no continente americano e a adoção de medidas de caráter protecionista. No âmbito político, as relações entre as nações européias se tornavam cada vez mais delicadas mediante os interesses comerciais antagônicos.

Nesse contexto, observamos a forma pela qual a Inglaterra conseguiu se sobressair mediante as demais nações européias. Racionalizando sua burocracia estatal, incentivando as atividades mercantis e empreendendo vantajosos acordos comerciais, a Coroa Britânica conseguiu tomar a frente no cenário econômico europeu. Uma das experiências que indicam esse triunfo obtido pela Inglaterra foi a paulatina conquista do mercado consumidor lusitano, que não possuía uma economia tão forte e independente.

Portugal, ao longo de sua experiência mercantilista acabou não dinamizando os setores de sua economia. Dessa maneira, acabou dependendo profundamente da exploração de suas colônias que levantavam capital suficiente para a aquisição de mercadorias manufaturadas, principalmente, de origem britânica. Por conseguinte, a dependência (junto aos britânicos) e a exploração (das riquezas da colônia brasileira) forçaram Portugal a participar da Guerra de Sucessão Espanhola.

Esse conflito envolveu as principais nações do continente europeu. Isso porque a França pretendia dominar o trono espanhol alegando direito legítimo mediante a falta de um herdeiro direito ao governo da Espanha. A Inglaterra, temendo o nascimento de uma imbatível potência no contexto econômico europeu, declarou guerra contra os franceses. Nesse período, Portugal que dependia economicamente da Inglaterra, se envolveu no conflito gastando grandes somas em dinheiro.

O rombo causado nos cofres lusitanos foi diretamente sentido em terras brasileiras. Portugal, visando melhorar suas finanças, resolveu aumentar os impostos cobrados na comercialização de sal e escravos. Os colonos moradores da cidade de São Salvador, indignados com o desmando metropolitano, resolveram protestar contra as novas cobranças. Entre os líderes desse levante urbano, se destacou o comerciante brasileiro João de Figueiredo da Costa conhecido como “maneta”.

A primeira medida tomada pelos insurretos foi distribuir cartazes que incitavam o restante da população contra o governo. Logo em seguida, o grupo urbano se voltou contra o estabelecimento comercial do português Manuel Dias Figueiras, um dos maiores vendedores de sal da cidade. Imediatamente, os manifestantes foram à casa do governador exigindo o fim dos impostos de valor abusivo. Temendo um conflito maior, as autoridades revogaram a cobrança.

Naquele mesmo período, as tropas francesas entravam em guerra contra Portugal. Durante o conflito, o governo francês autorizou a invasão da cidade do Rio de Janeiro, coordenado pelo corsário René Duguay-Trouin. Ao saber do episódio, os colonos de Salvador se viram amedrontados com a possibilidade de uma invasão francesa. Por isso, organizaram um novo motim onde exigiam o envio de tropas que defendessem a cidade do Rio de Janeiro.

A nova rebelião – também conhecida como Motim Patriota – contou com a liderança de Domingos Gomes, Domingos da Costa Guimarães e Luís Chafet. Em conseqüência à manifestação, tropas foram organizadas com o objetivo de combater os invasores franceses da cidade do Rio de Janeiro. No entanto, o esforço popular e militar foi todo em vão. Antes de empreender a luta, René Duguay-Trouin partiu para a Guiana Francesa.

Passados os conflitos, as autoridades portuguesas resolveram punir exemplarmente os problemas ocorridos naquele período. As lideranças dos motins baianos foram julgadas pelas autoridades coloniais. Além disso, a Coroa Portuguesa resolveu nomear um novo governador para a cidade do Rio de Janeiro.

MOVIMENTOS NATIVISTAS: CONJURAÇÃO DO "NOSSO PAI"

A Capitania de Pernambuco lutava por reconstruir suas duas principais cidades - Recife e Olinda - destruídas com as lutas contra os invasores holandeses.

Os senhores de engenho, radicados em Olinda e com reservas quanto ao porto do Recife, acreditavam merecer maiores reconhecimentos da Coroa Portuguesa, pelo contributo na expulsão dos flamengos.

Portugal, entretanto, mandou para governar a Capitania Jerônimo de Mendonça Furtado, um estranho, contrariando assim os interesses de muitos pernambucanos, que se julgavam merecedores de ocupar a função, e não um estrangeiro.

Mendonça Furtado era apelidado pejorativamente de Xumberga (ou, nalgumas outras versões, Xumbregas) - referência ao general alemão Von Schomberg, mercenário que lutara na Guerra da Restauração, por ter um bigode semelhante ao dele.

Somou-se à nomeação de Mendonça a sua inabilidade no trato com os chefes locais, permitindo que o sentimento nativista ganhasse corpo.

O estopim do movimento, que culminou com a prisão e deposição do Governador, foi a estada, no porto do Recife, de uma esquadra francesa, que por ordem da Corte, foram bem tratados. Os insurgentes fizeram divulgar a notícia de que o governador estaria a serviço dos estrangeiros, que preparavam um ataque à província, e seu conseqüente saque.

Reuniram-se os conjurados em casa do senhor de engenho João de Novalhaes y Urréa, dentre os quais o juiz de Olinda André de Barros Rego, os vereadores Lourenço Cavalcanti e João Ribeiro, e outros, a fim de deliberar a forma de dar um golpe.

A ocasião para isto foi a de simularem um Nosso Pai.

Na religião católica o viático, também chamado de Nosso Pai, é o sacramento da Eucaristia ministrado aos enfermos que não podem sair de casa. Os golpistas valeram-se do costume então vigente de o governador acompanhar tal procissão, se a encontrasse na rua. Isto foi conseguido na tarde de 31 de agosto de 1666, acompanhando Mendonça Furtado o falso cortejo.

Desviado para uma igreja, ao dela sair, André de Barros Rego deu voz de prisão ao governador, que rendeu-se, sendo levado prisioneiro à fortaleza de Brum. Os franceses albergados foram perseguidos – uns conseguindo refugiar-se num convento, sendo outros presos.

Mendonça foi levado por uma frota que, da Bahia, levou-o de volta a Lisboa – onde mais tarde envolveu-se numa conspiração contra Afonso VI de Portugal, sendo degredado por isto para a Índia.

Coube ao Vice-Rei evitar um confronto maior com os conspiradores: habilmente nomeou para substituir o Xumberga a André Vidal de Negreiros, que tinha fortes ligações com a colônia, e já havia exercido o cargo, anteriormente - e facilmente apaziguaria os ânimos. Esta gestão, entretanto, durou por meio ano apenas: em junho do ano seguinte novo governador era empossado - não logrando o movimento de imediato maiores repercussões, senão a de que foi dos primeiros movimentos locais onde se fez presente o sentimento de brasilidade - ou nativismo.

Durante a Guerra dos Mascates era comum o povo cantar, referindo-se a Mendonça Furtado:

O Mendonça era Furtado,
Pois dos paços o furtaram;
Governador governado,
Para o reino o despacharam.


A peste já se acabou:
Alvíssaras, ó gente boa!
O Xumbregas embarcou,
Ei-lo vai para Lisboa.

MOVIMENTO NATIVISTA: REVOLTA DA CACHAÇA


Durante o período colonial, o consumo de cachaça aliou-se ao desenvolvimento das primeiras plantações de cana-de-açúcar formadas pelos colonizadores portugueses. Sendo a bebida fruto de um processo manufatureiro, a cachaça brasileira logo se tornou alvo de oposição da administração colonial portuguesa. Isso tudo porque a Coroa queria garantir seus lucros com a venda de uma bebida portuguesa feita a partir do bagaço da uva chamada de bagaceira.

Com a crise do açúcar, ocorrida logo após a expulsão dos holandeses, os produtores de cana não obtinham os mesmos lucros com a produção de açúcar. Dessa maneira, os fazendeiros intensificaram a exploração econômica do produto no interior da colônia. Sentindo-se prejudicado, Portugal reafirmou a proibição no ano de 1659. Os que descumprissem a exigência eram ameaçados com a prisão e o degredo para a África.

Em meio às contradições do pacto colonial, o governador do Rio de Janeiro – um dos maiores centros de produção da cachaça – decidiu liberar a produção dos destilados sob a cobrança de impostos. Insatisfeitos com a cobiça do governo, um grupo de fazendeiros resolveu mobilizar a população contra a imposição governamental. Saindo de São Gonçalo e Niterói, os revoltosos chegaram à cidade para pressionar o governador Tomé Correia de Alvarenga.

Em posse de armas e apoiados pelos solados cariocas, os revoltosos começaram a saquear as residências das autoridades locais. Logo em seguida, escolheram Agostinho Barbalho como novo governador da cidade do Rio de Janeiro. Sem habilidade política suficiente este foi logo substituído por seu irmão, Jerônimo Barbalho. Assumindo o posto de governador, Jerônimo perseguiu os jesuítas e exerceu seu cargo autoritariamente.

Intolerante com o que ocorria em solo carioca, Salvador de Sá, sobrinho do antigo governador fluminense, mobilizou tropas que aniquilaram a revolta. Valendo-se de sua patente de capitão-general, Salvador pediu o envio de tropas vindas da Bahia. Atacando o governo dos revoltosos inesperadamente, as tropas de Salvador de Sá não sofreram nenhum tipo de grande resistência.

Logo depois de reassumir o controle da província do Rio de Janeiro, as tropas fiéis à Coroa Portuguesa instalaram um processo judicial contra os principais líderes da chamada Revolta da Cachaça. Condenado à morte, Jerônimo Barbalho foi enforcado e teve sua cabeça exposta na cidade. A Coroa Portuguesa repudiou o rigor excessivo dirigido contra Barbalho e, desta forma, resolveu censurar o governo de Salvador de Sá.

Em 1661, a Coroa Portuguesa resolveu perdoar todos os envolvidos na revolta e passou a considerar o protesto legítimo. Além disso, o governo lusitano liberou a fabricação da cachaça no país. Tal episódio mostrou a flexibilização da Coroa Portuguesa frente aos conflitos coloniais, o que pôs em xeque o conhecido autoritarismo dos representantes metropolitanos.

MOVIMENTOS NATIVISTAS: ACLAMAÇÃO DE AMADOR BUENO


O advento da União Ibérica, apesar de não promover a mudança dos grupos sociais que controlavam o poder no Brasil colonial, estabeleceu uma série de mudanças sobre alguns aspectos da colônia. A dominação espanhola significou o fim do Tratado de Tordesilhas e a crise no abastecimento de escravos africanos em terras brasileiras. Nesse contexto é que percebemos a ascensão dos bandeirantes no interior da colônia.

Embrenhando-se pelas matas do interior, os bandeirantes aventuravam-se em busca das drogas do sertão, a recaptura dos escravos africanos fugidos nos quilombos e a prospecção aurífera. Além dessas atividades, os bandeirantes tinham grandes lucros com o apresamento de índios destinados ao trabalho escravo nas grandes propriedades da região litorânea. A falta de escravos africanos e o valor mais baixo do escravo indígena criaram um amplo mercado consumidor desse tipo de mão-de-obra.

A comercialização desses índios escravizados desenvolveu-se a ponto dos bandeirantes passarem a estabelecer contatos com os colonizadores espanhóis da região do Rio da Prata. Toda essa rede de negócio estabelecida teve sua ação empreendida ao longo dos séculos XVI e XVII, e já representava uma importante atividade comercial no interior da colônia. Até mesmo alguns fazendeiros chegaram a se envolver com a captura e venda de mão-de-obra indígena.

Com o fim da União Ibérica, em 1640, a Coroa Portuguesa interferiu diretamente na questão da escravização indígena. Economicamente enfraquecidos com o período de dominação hispânica, Portugal proibiu a escravização dos índios. Com tal medida, a Coroa portuguesa buscava ampliar seus lucros com o comércio dos escravos africanos trazidos das regiões da costa africana.

Sentindo-se diretamente prejudicados com tal medida, um grupo de bandeirantes paulistas organizou uma represália que expulsou os padres jesuítas, também contrários à escravidão indígena, da Vila de São Paulo. Além disso, eles tentaram aliar-se ao fazendeiro e bandeirante Amador Bueno nessa revolta contra a administração lusitana. Os bandeirantes paulistas pretendiam elevar Amador Bueno à condição de governador de São Paulo.

Amador Bueno, que temia por algum tipo de represália por parte de Portugal, não aderiu ao movimento e jurou fidelidade à Coroa. Com isso, o movimento dos bandeirantes paulistas perdeu sua sustentação e a ordem pelo fim da escravidão indígena foi mantida.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Meia Maratona do Rio de janeiro


A galera que vai tentar a área militar, além de passar nas provas teóricas e práticas (músico), também tem que se preocupar com a parte física e não deixar criar uma pança igual a minha.


Uma boa seria correr a MEIA MARATONA. Tem um custo, mas... é um evento.


Segue o link para a inscrição na MEIA MARATONA.

Exercícios de Fixação!!!!



10 questões pra vc passar o tempo, até pq o tempo tá passando o logo as provas chegam!!! DESLIGA O MSN E VAI ESTUDAR!!!


1 - Eleição dá despesa: registro de nascimento, que a criançada vai nascendo e só se registra quando chega a hora de votar, meia dúzia de retratos, lanche, passagem. Fora a distribuição de máquinas de costura, empréstimos de vaca com cria pra quem tá carecendo de leite, casa de graça para morar, mula pra quem precisa de montaria. E depois de tudo isso, no dia da eleição, ainda tem matuto querendo ver direito o nome dos candidatos. Pode não, oxente! (...)
(RIBEIRO, Marcus Venício et alii. Brasil Vivo. Petrópolis, Ed. Vozes, 1992.)
O mecanismo político existente na "República oligárquica" no Brasil e caricaturado no trecho acima é:
(A) Lei de Terras
(B) voto de cabresto
(C) política dos governadores
(D) Comissão de Verificação de Poderes


2 -
Nos barracos da cidade
ninguém mais tem ilusão
no poder da autoridade
de tomar a decisão
e o poder da autoridade
se pode não faz questão
se faz questão não consegue
enfrentar o tubarão
ôôô ôô gente estúpida
ôôô ôô gente hipócrita (...)
(Gilberto Gil e Liminha - Barracos)

A música de Gilberto Gil é do ano de 1985. Ela representa uma certa desilusão dos segmentos mais pobres da população brasileira com o que se convencionou chamar de Nova República.
Esse sentimento pode ser relacionado com:
(A) o fim do milagre econômico
(B) a continuação da crise econômica
(C) a eleição indireta de Tancredo Neves
(D) a manutenção das medidas de exceção


3 -
“A proclamação da República em 1889, ao promover a descentralização político-administrativa do país, gerou expectativas de uma efetiva autonomia no agora Estado do Rio de Janeiro. A implantação da República Federativa do Brasil coincidiu, no Estado do Rio, com sérias dificuldades econômicas e financeiras que, em fins da década de 1890, chegaram a uma situação limite, muito embora esse quadro de crise tenha sido entremeado por breves conjunturas de
recuperação. Além desses problemas de ordem econômica, o exercício, pelos fluminenses, da autonomia que o federalismo oferecia, foi dificultado, mais uma vez, pela proximidade da capital federal, a ponto de se tornar voz corrente que a política estadual era decidida na rua do Ouvidor.”
(FERREIRA, Marieta de M. Política e poder no Estado do Rio de Janeiro na República Velha. In: Revista Rio de Janeiro. UFF, dezembro de 1985.)
O Estado do Rio de Janeiro, apesar da nova estrutura política decorrente da Proclamação da República, apresentou, na virada do século XIX, características que o distinguiam dos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Uma dessas características, destacada no texto acima, é:
(A) enfraquecimento do poder político local
(B) retomada do poder econômico das elites locais
(C) controle do governo da União pelos políticos locais
(D) subordinação à crescente intervenção econômico-financeira do poder central


4-
Na década de 30, para combater o governo estabelecido por Getúlio Vargas, os paulistas pegaram em armas. Os cartazes acima fazem parte da sua propaganda, pedindo a colaboração da população no esforço de guerra.
A Revolução de 1932 ocorre na seguinte conjuntura política nacional:
(A)aprovação do novo Código Eleitoral sem o voto secreto
(B)perda da hegemonia política pela oligarquia paulista em nível federal
(C)intervenção do poder federal no governo de São Paulo por meio da política dos governadores
(D)aliança entre o Partido Popular Progressista e produtores rurais intermediada por militares tenentistas

5 - “ Se essa história de cultura vai-nos atrapalhar a endireitar o Brasil, vamos acabar com a cultura durante trinta anos.”
Coronel Darcy Lázaro, comandante da invasão à Universidade de Brasília, 1968.
(Apud GERMANO, José Wellington. Estado militar e educação no Brasil: 1964-1985. São Paulo: Cortez, 2000.)
Entre os anos de 1968 e 1971, o governo militar estabeleceu uma ampla reforma no ensino brasileiro que apresentou, dentre outros, o seguinte resultado:
(A)melhoria na qualidade do ensino com o aumento no número de escolas públicas
(B)atendimento à demanda da indústria multinacional pela valorização do ensino superior
(C)controle sobre a educação com a adesão das camadas populares ao projeto educacional do Estado
(D)obrigatoriedade da relação entre ensino e mercado através da ênfase no ensino médio profissionalizante


6 -PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES
Caminhando e cantando,
E seguindo a canção
Somos todos iguais,
Braços dados ou não.
Nas escolas, nas ruas,
Campos e construções,
Caminhando e cantando,
E seguindo a canção.
Geraldo Vandré

A letra desta música foi escrita no contexto do regime militar, iniciado com o Golpe de 1964. Uma das medidas políticas reveladora do caráter autoritário desse regime está apresentada, corretamente, em:
(A) instituição do AI Nº 2, extinguindo os partidos políticos existentes
(B) promulgação da Constituição de 1967, abolindo a divisão de poderes
(C) supressão do Poder Legislativo, gerando a institucionalização da ditadura
(D) criação da Lei de Imprensa, impondo a estatização dos meios de comunicação

7 –
RETRATO DO VELHO
Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
O sorriso do velhinho
Faz a gente se animar, oi.
(...)
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar.
Marino Pinto e Haroldo Lobo


A CULPA É DO GOVERNO
Bossa-nova mesmo é ser presidente
desta terra descoberta por Cabral.
Para tanto basta ser tão simplesmente
simpático... risonho... original.
Juca Chaves


Os estilos de governar de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek são abordados nas letras de música acima.
Um elemento comum das políticas econômicas destes dois governos está indicado na seguinte alternativa:
(A) trabalhismo
(B) monetarismo
(C) industrialismo
(D) corporativismo


8 - Considerando-se os fatos relacionados à Guerra do Paraguai (1864-1870), é CORRETO afirmar que
(A) a Tríplice Aliança agiu sob a ingerência dos Estados Unidos, que pretendiam, após o término da Guerra Civil, ampliar o comércio de seus produtos nos países da Região Platina.
(B) o Brasil e a Argentina romperam a aliança durante essa guerra, o que possibilitou não só o fortalecimento militar e político paraguaio mas também o retardamento do final do conflito.
(C) o Brasil entrou nessa guerra motivado por interesses relacionados à definição das fronteiras e à garantia de livre navegação pelo Rio Paraguai, principal via de acesso ao Mato Grosso.
(D) o Exército Brasileiro, apesar da vitória, se enfraqueceu após essa guerra, em razão do elevado número de baixas e das dificuldades políticas e militares em colocar um ponto final no conflito.


9 - Uma estratégia do conservadorismo político é o argumento da perversidade - "a tentativa de empurrar a sociedade em determinada direção fará com que ela, sim, se mova, mas na direção contrária" -, ou seja, toda mudança produzirá, por meio de uma cadeia de conseqüências não-intencionais, o exato oposto do objetivo proclamado e perseguido.
Todas as alternativas contêm argumentos utilizados no debate sobre a abolição da escravatura no Brasil.
Assinale a alternativa em que se reproduz o argumento da perversidade, ao afirmar-se que a abolição
(A) "deixa expostos à miséria e à morte os inválidos, os enfermos, os velhos, os órfãos e crianças abandonadas da raça que se quer proteger, até hoje nas fazendas a cargo dos proprietários, que, hoje, arruinados e abandonados pelos trabalhadores válidos, não poderão manter aqueles infelizes, por maiores que sejam os impulsos de uma caridade, que é conhecida e admirada por todos os que freqüentam o interior do país".
(B) "é escusada para operar a transformação do trabalho e apressar as emancipações: estas se farão por iniciativa individual em um período muito curto. Estaria em mãos do governo mesmo precipitar por meios indiretos este fato auspicioso ..."
(C) "ataca de frente, destrói e aniquila para sempre uma propriedade legal, garantida, como todo o direito de propriedade, pela lei fundamental do Império entre os direitos civis de cidadão brasileiro, que dela não poderia ser privado, senão mediante prévia indenização do seu valor".
(D) "desorganiza o trabalho, dando aos operários uma condição nova, que exige novo regime agrícola [...]. Ficam, é certo, os trabalhadores atuais; mas a questão não é de número, nem de indivíduos, e sim de organização, da qual depende principalmente a efetividade do trabalho, e com ela a produção da riqueza nacional".


10 - Assinale a alternativa em que o contexto destacado está corretamente relacionado a uma manifestação cultural de resistência, de setores da sociedade brasileira, aos problemas vivenciados na época.
(A) Era Vargas / Desfiles de escolas de samba com enredos que criticavam Getúlio e seus assessores.
(B) Governo JK / Telenovelas cujas tramas buscavam explicitar os problemas econômicos e sociais gerados pela política desenvolvimentista.
(C) Governo FHC / Grupos de rap com denúncias do racismo, da falta de oportunidades econômicas e da miséria que assolam as grandes cidades.
(d) Governos militares / Pornochanchadas cinematográficas com roteiros que desmoralizavam as Forças Armadas e o regime implantado em 1964.





Estudou demais???

Um joguinho pra passar o tempo:

http://www.casualcollective.com/#games/Splitter_2

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pero Vaz e o início do nepotismo!!!


É rapaziada... nessa época de ATOS SECRETOS, de presidente do Senado Nacional dando cargo para namorado da neta (rs), e se alguém ouviu o discursso dele ontem, tentarei reproduzir:
"Quem aqui, não atenderia um pedido de uma neta?"

Mas... essas coisas aqui no Brasil não são novas.

Quando da chegada - sem querer - de Pedro Álvares Cabral, o seu escrivão-mor, Pero Vaz Sarney de Caminha, no finalzinho da longa carta (primeiro documento oficial da Ilha de Vera Cruz), pede favores ao rei para seu genro.

Em 01/maio/1500 :

"E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro -- o que d'Ela receberei em muita mercê.

Beijo as mãos de Vossa Alteza.
"

Manuel, clica aí no seu presidente e leia na íntegra a Carta de Pero Vaz de Caminha. Ora, pois,pois !!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

BIZU!!!

Tem muita gente boa, que estuda muito, mas não consegue passar num concurso, ou até mesmo tirar uma nota boa em provas. Isso acontece pq não basta abrir o livro e ler o que está escrito ali!

De um certo tempo pra cá, uma série de pessoas começaram a escrever livros mostrando técnicas de como estudar, passar em concursos.

Seguem aí umas ideias legais:

Por mais que se conheça um assunto, deve-se sempre relembrar o que se sabe. Fazer um concurso sem estudar, é um total desperdício. Deve-se procurar tempo (até no horário do almoço), para se preparar o melhor possível. Serão alguns meses de sacrifício, mas as recompensas poderão ser para o restante da vida... E, tempo é uma questão de prioridade (interesse) - acabar um namoro por falta de tempo é apenas uma desculpa, quando não gostamos realmente da pessoa. Quem ama, sempre arrumará tempo para a pessoa amada. Mesmo antes da publicação do edital, pode-se comparar o que estão exigindo os concursos similares, e ir se atualizando naquela matéria. Saber a instituição que elaborará os testes é indispensável. Cada uma possui um "estilo" e grau de exigência próprios, que podem nortear os esforços de estudo. Mas, é essencial "saber estudar". Um estudo proveitoso é aquele feito:

Em um horário específico

Com ambiente propício

Com todas as necessidades básicas supridas (sono, alimentação, descanso e preocupações)

Seguindo o roteiro de: "Entendimento", "Resumo", "Exercícios" e "Fixação" (não adianta entender todo o assunto, sem fazer uma síntese do que se aprendeu, praticando e decorando o que precisa ser decorado). Sem seguir todos esses passos, o candidato corre o risco de, na hora da prova, se saber a matéria, mas não se lembrar da regra; ou recordar a regra, mas não saber aplicá-la. Fazer o maior número possível de exercícios, preferencialmente resolvendo questões de concursos anteriores é muito importante

Faça os testes cronometrando o tempo, para aprimorar sua rapidez de resolução.

Amém

Olha só...
sempre que for estudar algum processo histórico, não adianta se prender apenas à um evento. A sociedade é formada por vários aspectos, e entre eles é legal sempre pensar em POLÍTICA, ECONOMIA e CULTURA. Dentro da viés cultural, analisar a religião de um povo facilita a entender as atitudes tomadas.

Dessa forma, ainda entendendo o momento histórico relacionado as expansões marítimas européias, deixo aí pra você um mapa que mostra as áreas de influência num imediato pós-reforma-religiosa.

Segue a reprodução da legenda do mapa:
AMARELO: Católicos Romanos

VERMELHO: Luteranos

VERDE: Anglicanos

LILÁS: Calvinistas

terça-feira, 4 de agosto de 2009

TORDESILHAS: A malandragem portuguesa

MALANDRO É MALANDRO E MANÉ É MANÉ!!!


Como todo mundo já está cansado de saber, Portugal foi o pioneiro no processo de expansão marítima, que se iniciou em 1415 com a conquista de Ceuta.
Mas logo depois, os reis católicos da Espanha também resolveram se lançar ao mar.

Sendo assim, para evitar o conflito entre as partes, resolveram dividir o mundo ainda não descoberto entre si. Dai surgem documentos importantes ditando as regras do jogo:

TRATADO DE TOLEDO(1480): - este acordo garantia a exploração de todas as terras ao sul das Ilhas Canárias, no Atlântico, para o Império Português. Porém, após a descoberta da América pela Espanha em 1492, esse Tratado começou a ser questionado pelos reis católicos espanhóis.

BULA INTER COETERA(1493): A Bula papal de 1493, conhecida como Bula Inter Coetera repartia o mundo entre Espanha e Portugal à partir de uma linha (meridiano) de 100 léguas à oeste das ilhas de Cabo Verde.

Portugal se nega a aceitar e reabre negociações, enviando para a cidade de Tordesilhas, na Espanha, diplomatas para uma nova rodada de negociações.

TRATADO DE TORDESILHAS(1494): Estas, chegam a bom termo, e assina-se o Tratado de Tordesilhas (1494), pelo qual o limite das conquistas utramarinas dos ibéricos foi reajustada para uma linha de 370 léguas a oeste de Cabo Verde. Aquela foi modificada de forma a dar posse aos portugueses tanto terras no Brasil - conhecido mas não divulgado.

Mapa

Descobrimentos, viagens e explorações portuguesas: datas e primeiros locais de chegada de 1415-1543, territórios portugueses no reinado de D. João III (verde).
CLIQUE NO MAPA E VEJA-O MELHOR!!!

EXPANSÃO PORTUGUESA

UM BOM NEGÓCIO É QUANDO TODAS AS PARTES SAEM GANHANDO!!!

Em 1415 Portugal deu seu primeiro passo em sua expansão marítima. Após sua precoce unificação em Estado Nacional com a Revolução de Avis (1383-1385), a expansão passou a atender:

*aos interesses da burguesia mercantil, que buscava novas formas da expansão de seus lucros, princialmente com a possibilidade de lucrar com um rota alternativa com o comércio das especiarias das Índias;

*aos interesses da antiga nobreza feudal, que via na conquista de novas terras a possibilidade de aumentar seu poder e agradar ao rei, conseguindo títulos - cada vez mais impossíveis
*aos interesses da Igreja poderia ampliar o reino cristão.
* para o povão, que via na migração a esperança de uma mobilidade social, impossível em Portugal.

sábado, 1 de agosto de 2009

1492 – A Conquista do Paraíso

SESSÃO DA TARDE:
Ainda falando da expansão marítima, analisando melhor o processo espanhol. Vale muito a pena ver 1492 – A Conquista do Paraíso. É legal perceber os processos de Reconquista, quando as reis católicos se tornam fortes para expulsar os muçulmanos das regiões da Espanha. O filme também é sutil ao ponto de mostrar as disputas ideológicas: de um lado os interesses feudais (mentalidade medieval) e os interesses busgueses (mentalidade moderna). Após a chegada na América, o diretor é muito cuidadoso ao mostrar o choque de culturas não se baseando somente na visão do dominador.

Segue a sinopse:
O diretor Ridley Scott (Chuva Negra) leva às telas a luta do navegador Cristóvão Colombo em conseguir financiamento para levar adiante seu sonho de encontrar um caminho marítimo para as Índias. Com Gérard Depardieu, Armand Assante e Sigourney Weaver no elenco. Vinte anos da vida de Colombo, desde quando se convenceu de que o mundo era redondo, passando pelo empenho em conseguir apoio financeiro da Coroa Espanhola para sua expedição, o descobrimento em si da América, o desastroso comportamento que os europeus tiveram com os habitantes do Novo Mundo e a luta de Colombo para colonizar um continente que ele descobriu por acaso, além de sua decadência na velhice.

Caso você tenha uma conexão razoável... clique na imagem e faça o download... formato rwmb!!!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

E o barquinho a navegar... A CARAVELA

A caravela possuía um casco estreito e fundo, com isto ela possuía uma grande estabilidade, por baixo do convés havia um espaço que servia para transportar os mantimentos, o castelo que era os aposentos do capitão e do escrivão se localizava na popa do navio, porém a grande novidade deste navio foi a utilização das velas triangulares em mar aberto, as quais permitiam que a caravela avançasse em zig-zag mesmo com ventos contrários, as caravelas não possuíam os mesmos tamanhos, as pequenas levavam entre vinte e cinco a trinta homens e as maiores chegavam a levar mais de cem homens a bordo, geralmente a tripulação era formada por marinheiros muitos jovens, os capitães podiam ser rapazes de vinte anos de idade eles eram o chefe máximo, que tinham a competência de organizar a vida a bordo e tomar as decisões sobre as viagens, o escrivão tinha a competência de registrar por escrito o rol da carga.

O piloto encarregava-se da orientação do navio, geralmente viajava na popa do navio com os seguintes instrumentos, uma bússola, um astrolábio e um quadrante, ele orientava aos homens do leme que manejavam o navio de acordo com as instruções do piloto e do capitão e em dia de mar revolto era necessário dois homens ao leme do navio, o homem da ampulheta era o marinheiro que vigiava o relógio de areia para saberem as horas, os marinheiros a bordo das caravelas tinham que fazer todos os tipos de serviços, desde içar, manobrar e recolher as velas, esfregar o convés, carregar e descarregar a carga e outras fainas a bordo, os grumetes eram constituídos em sua maioria por rapazes de dez anos de idade que iam a bordo para aprender e fazer as rotinas das viagens. A construção das caravelas era executada a beira do Tejo na Ribeira das Naus junto ao Palácio Real, onde trabalhavam os mestres de carpinteiros os quais não se serviam de planos, nem de desenhos técnicos.

BOLÃO DA 16a. RODADA

Sáb, 01/08/2009

Botafogo 2 x 0 Barueri

Sport 0 x 1 Palmeiras

Dom, 02/08/2009

Flamengo 2 x1 Náutico

Corinthians 1 x 1Avaí

Atlético-PR 1 x1 Fluminense

Vitória 1 x1 São Paulo

Santo André 0x 2Goiás

Atlético-MG 2 x 1Coritiba

Grêmio 1 x 2Cruzeiro

EsSA: Conteúdo de História


ESTUDANDO ATÉ DIA 15 DE NOVEMBRO!!!!

DESLIGA O COMPUTADOR E VÁ ESTUDAR!!!


1) História do Brasil

a) A expansão Ultramarina Européia dos séculos XV e XVI.

b) O sistema colonial português na América
– Estrutura político-administrativa, estrutura sócio-econômica, invasões estrangeiras, expansão territorial, interiorização e formação das fronteiras, as reformas pombalinas, rebeliões coloniais. Movimentos e tentativas emancipacionistas.

c) O período joanino e a independência
– A presença britânica no Brasil, a transferência da Corte, os tratados, as principais medidas de D. João VI no Brasil, política joanina, os partidos políticos, revoltas, conspirações e revoluções, emancipação e conflitos sociais, o processo de independência do Brasil.

d) Brasil Imperial
– Primeiro Reinado e período Regencial: aspectos administrativos, militares, culturais, econômicos, sociais e territoriais. Segundo Reinado: aspectos administrativos, militares, econômicos, sociais e territoriais. Crise da Monarquia e Proclamação da República.

e) Brasil República
– Aspectos administrativos, culturais, econômicos, sociais e territoriais, revoltas, crises e conflitos e a participação brasileira na II Guerra Mundial.

2) Bibliografia
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral – Volume Único. 8ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005.
KOSHIBA, Luiz, PEREIRA, Denise Manzi Frayze. História do Brasil: no contexto da história ocidental. Ensino Médio. 8ª edição, revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Atual, 2003.

Escrita Cuneiforme: os primeiros garranchos!!!

Ainda no mesmo assunto: mesopotâmia...

Também foi lá que surgiram as primeiras formas de escrita...

A escrita cuneiforme foi criada pelos sumérios, e sua definição pode ser dada como uma escrita que é produzida com o auxilio de objetos em formato de cunha. A escrita cuneiforme é uma das mais antigas do mundo, apareceu mais ou menos na mesma época dos hieróglifos, foi criada por volta de 3.500 a.C. No começo a escrita era meio enigmática, mas com o passar do tempo foram se tornando mais simples.

Os sumérios utilizavam a argila para escrever, e quando queria que seus registros fossem permanentes, as tabuletas cuneiformes eram colocadas em um forno, ou poderiam ser reaproveitadas quando seus registros não fossem tão importantes que precisariam ser lembrados sempre.

A escrita cuneiforme foi uma forma de se expressar muito difícil de ser decifrada, pois possuía mais de 2000 sinais e seu uso era de uma dificuldade enorme. O seu principal uso foi na contabilidade e na administração, pois facilitavam no registro de bens, marcas de propriedade, cálculos e transações comerciais.

Com o passar do tempo à escrita cuneiforme foi se popularizando e acabou sendo adotada por outros povos, sendo assim houve uma época em que todos os estados da Mesopotâmia utilizavam este tipo de escrita para se comunicar, trabalhar e até mesmo gravar seus pensamentos.

No decorrer do tempo, para que houvesse maior compreensão da escrita, ela sofreu transformações importantes, a escrita cuneiforme assíria se transformou e se tornou diferente da escrita dos babilônicos.

Os habitantes da mesopotâmia (utilizadores da escrita cuneiforme) teve uma característica muito interessante na questão da escrita, foi um dos povos que utilizaram e deixaram registrados mais documentos contendo este tipo de sinais. A escrita sempre desempenhou um dos papéis mais importantes na vida desses povos, só que por ela ser muito enigmática e de difícil compreensão eram poucas pessoas que tinham o conhecimento dela.

Somente no século XX foram encontrados documentos que esclareciam em partes a complexidade de entendimento desta escrita, sua tradução foi uma tarefa muito árdua. Para conseguir decifrar os documentos encontrados, eram necessários que os estudiosos dominassem outras línguas como o Hebreu e o Árabe, para que possa encontrar dentro do vocabulário dessas duas línguas alguma semelhança que leve a tradução da escrita cuneiforme.

Era quase que impossível se estudar a escrita cuneiforme sem conhecer a cultura e quase toda a história das civilizações que as utilizavam, e a cada nova descoberta na escrita cuneiforme era uma parte da História desses povos desvendada.

Bateu, levou!!! O código de hamurabi.

Hoje em dia a gente se domesticou de uma forma, que se você reage à alguma forma de violência vc "perde a razão pq agiu igual"... ah meu irmão...
Acho que o rei babilônico Hamurabi foi um moleque bobo, que apanhava na escola e nunca podia reagir. Aí ele reclamava com a professora e ela nem dava atenção. Aí o cara cresceu, virou rei e criou uma lei: Cada um com seus problemas!!!



LINDOMAR APROVA ESSA IDÉIA!


O Código de Hamurabi é um conjunto de leis criadas na Mesopotâmia, por volta do século XVIII a.C, pelo rei Hamurabi da primeira dinastia babilônica. O código é baseado na lei de talião, “olho por olho, dente por dente”.

Leis e objetivos do código

As 281 leis foram talhadas numa rocha de diorito de cor escura. Escrita em caracteres cuneiformes, as leis dispõem sobre regras e punições para eventos da vida cotidiana. Tinha como objetivo principal unificar o reino através de um código de leis comuns. Para isso, Hamurabi mandou espalhar cópias deste código em várias regiões do reino.

As leis apresentam punições para o não cumprimento das regras estabelecidas em várias áreas como, por exemplo, relações familiares, comércio, construção civil, agricultura, pecuária, etc. As punições ocorriam de acordo com a posição que a pessoa criminosa ocupava na hierarquia social.

O código é baseado na antiga Lei de talião, “olho por olho, dente por dente”. Logo, para cada ato fora da lei haveria uma punição, que acreditavam ser proporcional ao crime cometido. A pena de morte é a punição mais comum nas leis do código. Não havia a possibilidade de desculpas ou de desconhecimento das leis.

Zigurate


Lembra de quando Deus no Antigo Testamento faz todo mundo começar a falar num idioma diferente? Não lembra? Não estava lá? Huuuum...
Então... durate o reinado de Nabuconodosor, ele mandou construir a Torre de Babel, um dos zigurates mais famosos da história!!!


O zigurate era uma espécie de templo construído pelos assírios, babilônios e sumérios, povos da Antiga Mesopotâmia.

Esta construção tinha o formato de uma pirâmide, porém com a presença de espécies de degraus. Os zigurates possuíam de 3 a 6 andares. Eram construídos de pedra ou de tijolos cozidos ao Sol. A entrada era feita através do topo do templo, sendo que o acesso ocorria através de uma rampa espiralada, construída nas paredes externas do zigurate.

Sua função religiosa era muito importante, pois os antigos mesopotâmicos acreditavam que os zigurates serviam de morada para os deuses. Através destas construções, acreditavam que os deuses estariam mais perto da sociedade. Logo, somente os sacerdotes poderiam acessar as partes internas do zigurate.

Curiosidade:

- A "Torre de Babel" era, na verdade, um zigurate vertical de aproximadamente 90 metros de altura. Foi construído durante o reinado do imperador babilônico Nabucodonosor II.
Para quem lê a bíblia: Gênesis 10.8-10; 11.1-9

MESOPOTÂMIA


A região entre os rios Tigre e Eufrates foi o berço de diversas das civilizações desenvolvidas ao longo da Antigüidade. O aparecimento de tantas culturas nessa região é usualmente explicado pela fundamental importância dada aos regimes de cheias e vazantes que fertilizavam as terras da região. Ao longo desse processo, sumérios, assírios e acádios criaram vários centros urbanos, travaram guerras e promoveram uma intensa troca de valores e costumes.

Segundo alguns estudos realizados, a ocupação dessa parcela do Oriente Médio aconteceu aproximadamente há 4000 a.C., graças ao deslocamento de pequenas populações provenientes da Ásia Central e de regiões montanhosas da Eurásia. Cerca de um milênio mais tarde, os povos semitas também habitaram essa mesma região. Já nesse período, a Mesopotâmia possuía um expressivo conjunto de cidades-Estado, como Nipur, Lagash, Uruk e Ur.

Essas primeiras cidades são parte integrante da civilização sumeriana, tida como a primeira a surgir no espaço mesopotâmico. Dotadas de ampla autonomia política e religiosa, essas cidades viveram intensas disputas militares em torno de regiões férteis da Mesopotâmia. Nesse meio tempo, os semitas foram ocupando outras áreas onde futuramente nasceriam novos centros urbanos. Entre as cidades de origem semita, damos especial destaque a Acad, principal centro da civilização acadiana.

Nesse período de disputas e ocupações podemos observar riquíssimas contribuições provenientes dos povos mesopotâmicos. Entre outros pontos, podemos destacar a criação de uma ampla rede comercial, códigos jurídicos, escolas, conhecimentos matemáticos (multiplicação e divisão), princípios médicos, a formulação da escrita cuneiforme e a construção dos templos religiosos conhecidos como zigurates. Por volta de 2350 a.C., os acadianos, liderados por Sargão, dominaram as populações sumerianas.

Em 1900 a.C., a civilização amorita – povo de origem semita – criou um extenso império centralizado na cidade de Babilônia. Hamurábi (1728 – 1686 a.C.), um dos principais reis desse império, foi responsável pela unificação de toda a Mesopotâmia e autor de um código de leis escritas conhecido como Código de Hamurábi. Esse conjunto de leis contava com cerca de 280 artigos e determinava diversas punições com base em critérios de prestígio social.

Por volta de 1300 a.C. o Império Babilônico entrou em decadência em resultado da expansão territorial dos assírios. Contando com uma desenvolvida estrutura militar, esse povo ficou conhecido pela violência com que realizavam a conquista de outros povos. As principais conquistas militares do Império Assírio aconteceram nos governos de Sargão II, Senaqueribe e Assurbanipal. Com o passar do tempo, esse opulento império não resistiu às revoltas dos povos por eles mesmos dominados.

No ano de 612 a.C., os caldeus empreenderam uma vitoriosa campanha militar que deu fim à hegemonia dos assírios. A partir dessa conquista ficava registrada a formação do Segundo Império Babilônico ou Neobabilônico. O auge desta nova hegemonia na Mesopotâmia ficou a cargo do Imperador Nabucodonosor II. Em seu governo, importantes construções, como a Torre de Babel e os Jardins Suspensos, representaram o notável progresso material dessa civilização.

Em 539 a.C., durante o processo de formação do Império Persa, os babilônios foram subordinados aos exércitos comandados pelo imperador Ciro II. Essa conquista assinalou o fim das grandes civilizações de origem mesopotâmica que marcaram a história da Antigüidade Oriental.

MESOPOTÂ N IA

Como primeiro evento aqui, vou homenagerar um camarada, professor de matemática, que desmerecendo a importância de se estudar HISTÓRIA, disse que história é essas coisas de estudar Mesopotâ N ia... isso mesmo com N.





Depois desse absurdo, além de desmerecer uma das maiores civilizações da humanidade, acho legal homenageá-lo e também recomendar que ele leia aqui e aprenda um pouquinho.
ABRAÇÃO WELL!!!!